sábado, 6 de julho de 2013

2. My Old Friend

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - In Pursuit of Happiness - Capítulo 2 - My Old Friends

Eu odeio aquele homem, não a palavra pra explicar o quanto eu o odeio. Se minha mãe ainda tivesse aqui nada disso estaria acontecendo, eu não teria brigado com a Ashley, não estaria nessa vida de merda, pelo contrario eu seria feliz.
Ele me arrastava até o quarto assim que entramos, ele me jogou na cama e tirou sua calça, eu apenas olhava o teto e lágrimas desciam sobre o meu rosto.
- Por que ta chorando meu anjo? Você nunca chorou por isso! - Tirou a camisa e subiu em cima de mim beijando o meu pescoço rasgando a minha regata.
- Porra você poderia pelo menos não rasgar as minhas roupas eu to quase sem - Gritei com ele chorosa.
- Então tira essa porcaria de roupa logo antes que eu rasgue essa merda também - Ele gritou no mesmo tom que eu e assim fiz tirei meu short, eu não tinha escolha se eu não fizesse aquilo ele me torturava até eu da pra ele ou me levava pro bordel e fazia eu dar pros garotos pra da dinheiro pra ele - Nossa princesa você ta cada dia mais gostosa - Ele ainda me beijava, ele desceu até minha virilha e começou a lamber - Eu quero ouvir você gemer entendeu? E alto! - Assenti com a cabeça, eu ainda chorava. Eu tentava pensar na minha mãe e os momentos em que passei com ela quando era pequena pra fugir daquilo, até ele me penetrar eu gemia alto sem sentir nenhum prazer, ele era rude e penetrava brutalidade que me dava dor. Assim que ele chegou ao orgasmo fez gesto para que eu levantasse, eu já sabia o que ele queria, ele segurou minha cabeça me fazendo ajoelhar no chão na frente dele e assim fez com que eu quase engolisse seu membro, ele puxava meu cabelo para frente e para trás com força,  sentia meus fios se arrebentarem em sua mão, minha vontade era de morder e deixar ele sem o seu bem mais precioso mas se fizesse isso eu apanharia até não conseguir levantar mais. Ele   gozou na minha boca novamente e aquilo me dava ânsia, ele parou e se jogou na cama, eu coloquei minha roupa indo direto para meu quarto.
Entrei no quarto e peguei a pílula a tomando, entrei no banheiro e escovei bem os meus dentes e a minha boca tentando tirar o gosto daquele velho nojento dali. Eu tava cansada daquela merda de casa, daquela coisa dormindo no quarto ao lado. Abri meu guarda roupa pegando o pó que guardava ali, arrumei em apenas 1 carreirinha e cheirei, aquilo era o único jeito de sair daquele mundo maldito. 
Às vezes eu me perguntava por que eu nasci? Nasci só pra sofrer? Só pra viver nessa vida de bosta? 12 anos sofrendo ao lado desse miserável, a última vez em que eu dei um sorriso sincero foi quando eu tinha 5 anos, quando tava brincando com a minha mãe de Barbie e ela fazia piadas sobre o que eu falava. 
Não da mais, não da mais pra viver com ele, não quero mais fazer isso, eu não quero, ta na hora de fazer o que era pra mim ter feito a muito tempo. Peguei mais um saquinho daquele pó maravilhoso que me tirava daquele mundo e enfiei no meio do meu peito, coloquei outra regata e uma jaqueta preta com toca botei meus sapatos nos pés, peguei meu dinheiro e sai de fininho por aquela porta e que se dependesse de mim eu nunca mais iria ver.
 ...
Eu andava pelas calçadas com a cabeça baixa, com certeza meus olhos estavam vermelhos pela droga. Eu passava por alguns lugares onde os moleques me chamavam de "gostosa", até eu não aguentar mais cai ali na calçada me sentando olhando para o céu e vendo as estrelas, procurei pelo chão qualquer coisa pontuda mais não achava nada, coloquei minhas mãos no bolso da jaqueta e senti algo me cutucar vi que era a lamina que eu tinha deixado ali da ultima vez e esqueci de tirar.
Eu não tinha por que viver, na verdade eu nem sei por que eu nasci! O que os céus têm contra mim? Olhei aquela lamina e puxei a manga da jaqueta pra cima dando total visão aos meus punhos com cicatrizes de todas as vezes em que me cortei e assim me deixei levar apertei um pouco a lamina no meu punho e a deslizei sobre minha pele a rasgando e saia devagar o sangue, passei várias vezes até me sentir bem, o sangue escorria em meus braços e eu já estava ficando com sono. Virei à cabeça e avistei um beco bem perto me levantei com dificuldade e caminhei até, me enfiando la dentro e me jogando ao chão, e meus olhos imploravam para se fechar.
 ...
Acordei com a luz do sol em meus olhos, eu estava jogada no chão, meus punhos estavam com sangue seco, eu só precisava de um banho, mais não iria voltar pra casa. Me levantei com dificuldade sentido uma leve dor de cabeça passageira. Cobri meu braço e sai do beco e a rua não estava tão movimentada como normalmente. 
Andava na rua calmamente, todos me olhavam como uma aberração, mais eu já estava acostumada com isso até na escola era assim, eu acho que Stratford não é cidade pra mim, o Canadá não era lugar para mim, se eu tivesse dinheiro não estaria mais ali. 17 anos em uma cidade onde todos te vêem como uma coitada, que não sabe cuidar de você mesma.
Vi um restaurante e eu tava morta de fome peguei o dinheiro em meu bolso e assim lembrei que eu tenho uma divida pra pagar e se gastasse aquele dinheiro eu estaria perdida, me retirei da frente do restaurante e andei sem rumo por aquelas ruas que estavam ficando cada vez mais movimentadas.
Fui me afastando das ruas mais movimentadas e acabei chegando a um lugar quase vazio, se não fosse por 3 meninos estava completamente vazio, aquilo era um tipo de estacionamento, mais não havia nenhum carro, na verdade tinha um onde os garotos estavam encostados fumando. Enquanto mais me aproximava de onde eles estavam eu ia sentindo o cheiro da erva que eu conhecia muito bem, era a maconha... Minha velha amiga!
Deve fazer uns 3 anos que eu não usava aquilo a ultima vez que usei tinha 15 anos.
Me aproximei do local onde eles estavam e eles desencostaram do carro e ficaram me olhando de baixo a cima.
- Que porra é essa ai? - Falei apontando para o cigarro na mão de um.
- Ishi gatinha, isso aqui não é pra você não! - Ele gargalhou. Tirei o saquinho com o pó branco do meu bolso deixando sobre a visão dele.
- Vamos fazer uma troca? - Os olhos deles brilhavam ao ver aquilo.
- Uma tragada pelo saco? - Um dos três falou e eu gargalhei.
- Capais, quero 2 desses - Um balançou a cabeça negativamente.
- Um e nada mais! - Assenti com a cabeça e joguei o saquinho para ele, eu tava com vontade da maconha. Vi ele tirar mais um cigarro do bolso, na verdade não era cigarro, era papel enrolado mais da na mesma. Ele estendeu a mão me entregando o cigarro, coloquei na boca e ele veio com um isqueiro acender pra mim, traguei e segurei a fumaça em meus pulmões já podia sentir o efeito - Pra uma garota até que a primeira tragada não foi mal - Ele gargalhou e eu soltei a fumaça.
- Você acha mesmo que é a primeira vez que eu uso isso? - Ele gargalhou.
- Ryan - Ele estendeu a mão para mim novamente enquanto os garotos atrás se batiam e eu nem sei o porque - Ryan Butler - Ele sorriu de canto.
- Samanta - Eu apertei a mão dele a balançando - Samanta Johnson - Dei outra tragada no cigarro.
- Você é bem forte pra isso garota! - Gargalhei.
- Você que pensa! - Eu não era forte aposto que mais uma tragada que eu desse naquilo eu já tava louca delirando, mais era isso mesmo que eu queria - Bom, já vou indo - Levantei a mão com o cigarro com maconha - Valeu por isso! - Pisquei pra ele e dei as costas.
Não foi uma troca boa eu sei, mais eu já estava com vontade de maconha a tempos. Ouvi os garotos dizer "Você não vai come ela?" e gargalhei. Andava calmamente para fora dali eu já começava ver as coisas rodando a minha volta.
 ...
Eu tava acabada, jogada ali na rua, não tava nem me aguentando em pé, estava bem longe de casa já, tava escuro e apenas havia algumas luzes na rua. Eu não aguentava mais a minha vida, peguei aquela mesma lamina a dessa vez apertei com força em meu braço fazendo um corte profundo e depois mais um, e mais um, até eu não aguentar mais. Deitei ali na calçada olhando o céu azul escuro cheio de estrelas. Minha mãe sempre se deitava na rede a noite e ficava olhando as estrelas comigo, e ela sempre dizia que quando morresse ela ia virar uma. Lembrando daquilo uma lagrima escorreu de meus olhos, lembrei dos momentos que passei com a Ashley e assim mais lagrimas vieram e devagar meus olhos foram se fechando....
 ...
- Samanta! Ei Samanta... Acorda! - Escutei uma voz conhecida. Abri os olhos com dificuldade e me deparei com Ryan em minha frente - Achei que tinha morrido já filha da puta - Me sentei com dificuldade.
- O que você quer? - Pisquei várias vezes porque eu ainda enxergava tudo embaçado.
- Vi você jogada aqui e to tentando te ajudar... Mais se não quiser - Ele jogou os braços pra trás - Eu vou embora - Ele se levantou para ir. Revirei os olhos.
- Fica ai otário! - Ele gargalhou e se ajoelhou na minha frente.
- Fala ai o que você quer? - Gargalhei.
- Só me compra algo pra comer - Ele revirou os olhos.
- Levanta dai - Ele disse me puxando.
- Pra que?
- Levanta logo porra! - Levantei correndo com a ajuda dele e ele pegou minha mão me arrastando até um carro preto que estava ali perto - Entra! - Fiz o que ele pediu, sentei no banco da frente do carro, os vidros eram escuros e quem via de fora não via nada dentro. Ela entrou e se sentou no seu lugar.
- Onde vamos?
- Você vai querer passar a noite na rua? - Ele ligou o carro.
- Já passei uma vez, duas não vai fazer mal! - Dei de ombros e ele me olhou.
- E por qual motivo você ta na rua?
- Cara eu nem te conheço você acha que vou falar da minha vida com você? - Ele gargalho e se virou dirigindo.
Fomos o resto do caminho em silencio. Chegamos em uma casa grande, bom, pelo menos era bem maior que a minha. Ele parou na entrada com o carro esperando o portão se abrir, assim que se abriu ele entrou calmamente e deixou o carro lá em qualquer lugar ele saiu e eu sai atrás dele. Ele fez sinal com a mão para que eu seguisse ele, assim fiz. Ele entrou dentro da casa que era maior por dentro do que por fora, eu ficava admirando cada detalhe daquela casa imensa. O segui subindo as escadas, ele entrou em um quarto e parou.
- Dorme aqui hoje, amanha nós conversamos! - Ele piscou pra mim e se retirou, assim que ele saiu eu entrei no quarto, era enorme.
Vi uma porta do outro lado da cama de casal e entrei lá, era um banheiro, bem grande também, na mesma hora me despi e enchi aquela banheira, enquanto enchia eu admirava aquilo tudo. Depois da banheira cheia eu entrei e relaxei meu corpo, joguei a cabeça para trás pensando na minha vida.
Depois de um bom tempo sai de dentro da banheira me enxuguei e me enrolei na toalha, vi o guarda roupa grande ali e o abri pra ver se tinha algo para vestir. Não tinha nada demais apenas umas camisolas simples, coloquei uma e deitei naquela maravilhosa cama macia e me deixei levar pelo sono.
 
Continua...

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